quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Arte Românica

A arte românica surgiu ao mesmo tempo que a arte bizantina, ou seja, durante os primeiros séculos da Idade Média (entre os séculos XI e XII), na Europa. No entanto, essa produção se desenvolveu na parte ocidental do Império Romano, que tinha como capital a cidade de Roma.
Assim como a arte bizantina, a arte românica tinha como principal inspiração a religião cristã.
Arquitetura
A arquitetura era a linguagem artística mais importante desse estilo, cuja estrutura era semelhante às construções dos antigos romanos. Destaca-se na construção de igrejas e catedrais.
As características mais significativas da arquitetura românica são:
  • abóbadas em substituição ao telhado das basílicas;
  • pilares maciços que sustentavam as paredes espessas;
  • aberturas raras e  estreitas usadas como janelas;
  • torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; e
  • arcos que são formados por 180 graus.
Torre de Pisa, Itália.
A primeira coisa que chama a atenção nas igrejas românicas é o seu tamanho. Elas são sempre grandes e sólidas. Daí serem chamadas: fortalezas de Deus. A explicação mais aceita para as formas volumosas, estilizadas e duras dessas igrejas é o fato da arte românica não ser fruto do gosto refinado da nobreza nem das ideias desenvolvidas nos centros urbanos, é um estilo essencialmente clerical. 
A arte desse período passa, assim a ser encarada como uma extensão do serviço divino e uma oferenda à divindade.
A construção românica mais famosa é a Catedral de Pisa sendo o  edifício mais conhecido do seu conjunto  o campanário que começou a ser construído em 1.174. Trata-se da Torre de Pisa que se inclinou porque, com o passar do tempo, o terreno cedeu.
Na Itália, diferente do resto da Europa, não apresenta formas pesadas, duras e primitivas.

Pintura e escultura

Numa época em que poucas pessoas sabiam ler, a Igreja recorria à pintura e à escultura para narrar histórias bíblicas ou comunicar valores religiosos aos fiéis. Não podemos estudá-las desassociadas da arquitetura.
A pintura românica desenvolveu-se, sobretudo, nas grandes decorações murais, através da técnica do afresco, que originalmente era uma técnica de pintar sobre a parede úmida.
Originária do Oriente e usada desde a Antiguidade, também a técnica da decoração com mosaico, isto é, pequeninas pedras, de vários formatos e cores, que colocadas lado a lado vão formando o desenho, teve bastante presença na época do românico.

File:Meister aus Tahull 001.jpg
Cristo Pantocrator. Afresco Românico.
Sant Climent de Taüll, Catalunha, Espanha
Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa: passagens bíblicas, principalmente as do apocalipse. Representava também símbolos dos pecados capitais. As características essenciais da pintura românica foram a deformação e o colorismo. A deformação, na verdade, traduz os sentimentos religiosos e a interpretação mística que os artistas faziam da realidade. A figura de Cristo, por exemplo, é sempre maior do que as outras que o cercam. O colorismo realizou-se no emprego de cores chapadas, sem preocupação com meios tons ou jogos de luz e sombra, pois não havia a menor intenção de imitar a natureza.
A área mais ocupada pelas esculturas era o tímpano, nome que recebe a parede semicircular que fica logo abaixo dos arcos que arrematam o vão superior da porta, caracterizados pela imitação de formas rudes, curtas ou alongadas, onde se percebe a ausência de movimentos naturais, representando figuras de bestas e demônios que simbolizavam os pecados humanos.

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